segunda-feira, 10 de março de 2008

Aditivos Alimentares

Nos dias de hoje, infelizmente, a maioria dos alimentos acaba chegando à nossa mesa com algum tipo de aditivo alimentar. Seja para tornar o bolo mais fofinho, seja para preservar por mais tempo a massa, seja para tornar mais crocante o salgadinho.
Para que a maçã chegue à mesa do consumidor intacta, ou seja, sem nenhum dano aparente no formato ou com a casca vermelhinha e lustrosa, são adicionados a esta uma série de aditivos químicos. Isso se inicia na plantação, com pesticidas e adubos, e posteriormente com conservantes. E o que a gente acaba comendo?
Diversas substâncias químicas são adicionadas diretamente aos alimentos, tais como adoçantes químicos, conservantes, corantes. Indiretamente são adicionados resíduos de medicamentos para os animais, pesticidas agrícolas, resíduos de acondicionamento. Em alguns locais de plantação, há necessidade de verificar se no próprio solo não há contaminantes. Em algumas regiões demográficas, por exemplo, água e solo podem estar contaminados por metais pesados, como mercúrio e chumbo.
Apesar da preocupação acerca dos aditivos alimentares, a regulação do conteúdo é complicada. Há necessidade de detectar carcinógenos potenciais (se pode produzir câncer), se é tóxico ou expor ao risco a saúde humana.
Com a industrialização de diversos alimentos, cada vez mais a alimentação natural perde espaço para os alimentos congelados ou pré-prontos. Isso ocorre também pela falta de tempo que as pessoas estão tendo para preparar as refeições, e o fato de ter que apenas ligar o aparelho de microondas poupa tempo - mas não saúde.
Estava andando entre as prateleiras de um supermercado em Porto Alegre e me dei conta de duas coisas: a primeira foi de que a parte de congelados e alimentos pré-prontos aumentou; e a segunda foi de que a parte em que se vendem frutas e verduras frescas diminuiu. Não é à toa, então, que o mundo tem mais câncer e doenças como Alzeimer e Parkinson.
As doenças degenerativas estão aí, batendo na nossa porta e entram através deste tipo de alimentação desregrada e de péssima qualidade. Para muitas crianças, o leite vem dentro de uma caixinha (e não da vaca!) e o morango vem dentro de um pote de dois litros que deve ficar no freezer. Alface, rúcula e couve deve ser algum tipo de planta que existiu no século passado.
Leitores, acordem! As doenças estão entrando pela boca e o corpo está reagindo da forma que lhe convém. Pegue lá o pacote da sua bolacha recheada predileta e você verá que metade é artificial – se não tudo! O pirofosfato ácido de sódio morde? Pode até não morder, mas dia ou outro atacará sua saúde.

Esta coluna foi publicada em 24/04/2004, no Jornal da Região (MG). Autora: Márcia Keller Alves

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