
Há pouco tempo atrás saiu nos principais jornais a notícia de que fumar e/ou mascar sálvia “dava barato”. E a papoula no pãozinho? Será que faz algum estrago? Muitas dúvidas, muita imaginação. Mas não é de hoje que se faz uso de substâncias psicoativas.
O uso é milenar e pode estar relacionado com propósitos espirituais, curiosidade, estímulos diversos, fugas, moda, rebeldia, entretenimento. Na área espiritual, poucos países autorizam religiões a utilizarem em seus ritos sustâncias derivadas de plantas que alteram o estado de consciência de seus seguidores.
Então podemos chamar de droga? Bem, depende de certos fatores, entre eles o comportamento social das pessoas que consomem estas substâncias (trabalho, família, amigos). Se houver alienação do convívio social saudável, incapacitando esta pessoa de produzir e ser responsável, trazendo prejuízos para sua saúde e causando dependência... então é droga.
Mas quais são as substâncias psicoativas que podem estar próximo da gente?
· Cafeína: presente em muitos alimentos (chocolate), bebidas (café, chimarrão, chás, refrigerante), energéticos e medicamentos, sendo o alcalóide mais consumido no mundo.
· Álcool etílico: uma grande quantidade de plantas fornece álcool depois de destiladas ou fermentadas. As uvas os vinhos, alguns cereais destilados o uísque, outros fermentados a cerveja, a cana de açúcar a cachaça, as batatas a vodka.
· Sálvia divinorum: encontrada no sul do México. Apenas a espécie de sálvia Divinorum apresenta ação psicoativa. Não é encontrada em cultivo no Brasil.
· Cogumelos: espécies dos gêneros Psilocybe e Amanita.
· Coca: bebida na forma de chá não apresenta o efeito psicoativo (pois tem somente 0,1% a 0,9% de cocaína em cada folha), mas tem ações fisiológicas importantes.
Talvez a melhor receita é a que diz na notícia do jornal: “não tente fazer isso em casa!”. Afinal, sair fumando casca de banana não é para qualquer um...
Esta coluna foi publicada em 02/05/2008, no Jornal da Região (MG). Autora: Márcia Keller Alves
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