Nutrição, Estresse e Doenças

Ouvimos, no nosso dia-a-dia, a palavra “estresse” de muitas formas: “Puxa, como estou estressado”, “Meu filho, não me estresse e vá tomar seu banho”, “Meu chefe só me estressa”. Mas, afinal, o que é o estresse?
O estresse é o desgaste físico e mental de uma pessoa, e acompanha qualquer atividade vital. O estresse pode ser dependente de diversos fatores, entre eles: abuso de álcool ou outras drogas, mudanças na vida, perda de um ente querido ou mesmo uma dieta deficiente.
De maneira geral, o estresse modifica muito organismo, de modo que atualmente é considerado muito importante avaliar o nível de estresse do indivíduo quando se faz uma avaliação nutricional. O estresse pode aumentar a necessidade calórica de em até 200%, uma vez que os hormônios do estresse aumentam a produção de calor (queima) do organismo. Explica-se assim a perda de peso daquelas pessoas que tem trabalhos estressantes ou sofreram um trauma (uma perda de um parente ou a perda do trabalho).
O estado nutricional do indivíduo influencia a imunidade e a resposta ao estresse. A produção de anticorpos requer uma quantidade de proteína considerável; no estresse há um aumento da necessidade de proteína de 60% ou mais. De mesmo modo, a necessidade de vitaminas, principalmente A, C e E, tornam-se aumentadas.
O mundo moderno nos expõe a vários fatores estressores que afetam o estado nutricional e a saúde física e emocional. Em qualquer idade, estes fatores podem aumentar o risco à saúde, e podem ser problemas ambientais, bem como traumas físicos, incapacitação, pobreza e estresse econômico, ou ainda problemas mentais.
Alguns métodos para diminuir o estresse são: promover uma saúde positiva, através de mudanças nos hábitos de vida; prática de atividade física regular; evitar o abuso ou uso de drogas como álcool e cigarros; prática de exercícios de relaxamento; e mudança na dieta, buscando equilíbrio nutricional.
Não existe fórmula mágica para acabar com o estresse e ter mais saúde. É preciso encarar os problemas e buscar soluções, mudando hábitos e rotinas. Uma dieta variada, rica em verduras cruas e legumes, frutas e outros alimentos ricos em vitaminas e minerais já ajuda e muito! Alimente-se bem, faça exercícios e mantenha a calma. É a regrinha básica para uma vida longa!

Esta coluna foi publicada em 07/09/2004, no Jornal da Região (MG). Autora: Márcia Keller Alves