
Informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que a obesidade já atinge 7,0% da população mundial, assumindo relevância para o campo da saúde na medida em que está associada a um grande número de doenças incluindo: as patologias cardiovasculares e cerebrovasculares, os distúrbios metabólicos, diversos tipos de câncer, patologias do aparelho digestivo, entre outras. No Brasil, a região Sudeste tem o estado mais alarmante, com cerca de 3 milhões e meio de adultos cosiderados obesos.
Tem sido observado a ocorrência de um processo de transição nutricional que consiste na substituição de um padrão alimentar baseado no consumo de cereais, feijões, raízes e tubérculos por alimentação rica em gorduras e açúcares, além da crescente ingestão de ingredientes químicos, vem colaborando, e muito, para o aumento do número de pessoas obesas. Junto com esse fator estão as mudanças no estido de vida, pois o ritimo cada vez mais acelerado leva ao consumo de refeições rápidas, e menos saudáveis, que agregadas à falta de tempo para a prática de atividades físicas regulares levam a um estilo de vida que direciona para a obesidade.
Pequenas alterações da renda familiar tendem a aumentar o consumo de alimentos considerados fatores de risco (ricos em gordura, açúcar ou pobres em fibras). Produtos como frutas, legumes e verduras pesam no orçamento das famílias mais pobres, e a disponibilidade destes é usualmente menor nesses ambientes, mostrando uma tendência maior a obesidade na população de classes menos favorecidas, principalmente na população feminina que representa 70% dos obesos diagnosticados pela PNSN (Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição). Os dados apontam que embora já haja um esforço de informação bastante inteso ainda há um bom caminho a ser percorrido no qual os determinantes sociais são peça-chave.
Esta coluna foi publicada em 24/07/2009, no Jornal da Região (MG). Autora: Márcia Keller Alves e Marta Gaspary
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