terça-feira, 25 de março de 2008

Refri Para Quê?

O refrigerante, popularmente chamado pelo diminutivo carinhoso “refri”, está nas mesas do mundo inteiro e pode se tornar um grande problema se não for bem administrado. A composição da maioria dos refrigerantes é absurda: aditivo em cima de aditivo. Substâncias químicas e artificiais como acidulantes e corantes é fichinha. Os refrigerantes mais consumidos são os do grupo cola e guaraná, ricos em cafeína, (também presente no chá preto, chá verde, chá mate e chocolate, em diferentes graus) que tem ação diurética, vasodilatadora e excitante do sistema nervoso central.
O ácido fosfórico encontrado nestes produtos pode prejudicar a fixação do cálcio nos ossos, causando a osteoporose. A cafeína junto com outros elementos estimula o sistema nervoso, causando alterações no nosso organismo como, por exemplo, distúrbios no sono. A cafeína pode ainda provocar descarga de adrenalina e, em doses muito elevadas, desencadear pequenos tremores involuntários, aumento da pressão arterial e da freqüência cardíaca.
O excesso de açúcar, tanto no próprio produto como no seu consumo excessivo, pode causar cáries, sobrepeso, obesidade, flatulência (gases), agravar gastrite, diabetes, em alguns casos favorecer o estresse, níveis elevados de triglicérides sanguíneos, aumento dos níveis do colesterol total e da fração LDL (mau colesterol).
Para quem está na batalha do emagrecimento os refrigerantes lights são uma alternativa, mas devem ser consumidos comedidamente, pois além dos componentes acima citados, contêm adoçantes artificiais.
Essas alterações podem variar muito e dependem da sensibilidade de cada um, indo de uma de reação alérgica qualquer até uma gastrite ou úlcera. Francamente: o que há de nutritivo em um refrigerante? Nada. Até mesmo os que são de sabor laranja, uva ou limão são artificiais.
Preocupo-me muito mais com as crianças e adolescentes de hoje – a chamada “Geração Coca-Cola”, que passam longe das garrafas de água e dos sucos naturais. Com a redução da atividade física devido ao problema de segurança pública, a facilidade de encontrar estes produtos (e o fato de ser barato) e a negligência e falta de atitude de alguns responsáveis (pais e educadores), a obesidade e as doenças crônico-degenerativas acompanham esta geração.
Como mudar? Fácil:
- Comece diminuindo a quantidade de refrigerante que você toma. Por exemplo: só no final de semana;
- Procure não comprar refrigerante, nem deixar ao alcance das crianças;
- Experimente receitas de sucos naturais, acrescentando folhas como hortelã e menta;
- Misture vegetais aos sucos de fruta. Cenoura com mamão e laranja é uma ótima combinação, rica em nutrientes e muito saborosa;
- Eduque seu filho a não comprar refrigerante na escola. Compre um suco de garrafa ou prepare em casa para que ele possa levar em sacola térmica;
- Pratique atividade física, sozinho ou com as crianças. Todos sairão beneficiados!

Esta coluna foi publicada em 23/03/2007, no Jornal da Região (MG). Autora: Márcia Keller Alves

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