O que você está bebendo?

Não tenho certeza se esta é a pergunta correta. Talvez fosse melhor perguntar também outras coisas, como “o quanto você está bebendo” ou “você está bebendo o suficiente”. E aqui não estou falando em bebidas de álcool: estou falando em água, sucos e refrigerante.
É altamente recomendável beber pelos menos dois litros de água por dia, mas poucas são as pessoas que ficam contabilizando garrafinhas até atingir o ideal. Sabemos que podemos tirar este líquido de outros alimentos, como sucos de frutas, frutas frescas, saladas, leite, etc.
O que há na sua geladeira para beber? Certamente esta resposta inclui: suco de caixinha, refrigerante e água. Entre as bebidas para acompanhar uma refeição, o refrigerante virou “primeira-dama”. Só que esta bebida perde para todas as outras em nutrientes – são as chamadas “calorias vazias”.
O refrigerante tem calorias, mas não oferece nutrientes para o corpo (vitaminas ou minerais). A versão zero é ainda pior – não oferece nada mesmo, a não ser aditivos químicos. Esqueça a desculpa de que é zero calorias para cair de boca no refrigerante: é melhor começar a pensar em beber outra coisa, algo mais nutritivo.
As bebidas gaseificadas devem ser evitadas. Isso porque pode causar distensão abdominal e dar uma sensação de saciedade ilusória. Isso vale para as novas versões de “água” com sabores diferentes (maçã, limão, lima, etc) e levemente gaseificadas.
Quer tal água de coco? Rica em nutrientes, especialmente minerais, seu valor calórico é baixo e pode ser muito refrescante. Você mata a sede, repõe nutrientes perdidos com a transpiração e fica hidratada.
Depois da água “natural” (sem nenhum aditivo), os sucos naturais são a melhor opção para hidratação do organismo: fornecem carboidratos, vitaminas, minerais. O ideal é fazer o suco e beber na hora – após algum tempo, pode perder certos nutrientes, especialmente as vitaminas. Além disso, é possível optar por açúcar, adoçante ou totalmente natural.
Beber faz parte do nosso dia. Não só com moderação, mas com bom senso!

Esta coluna foi publicada em 18/04/2008, no Jornal da Região (MG). Autora: Márcia Keller Alves