Muita gente pensa que o último lanche (ou lanche da noite) significa “assaltar” a geladeira. Na verdade, eu prefiro chamar de “ceia de noite”, o que, para mim, é uma refeição como as outras que fizeram parte de um dia.Para que o lanche da noite (ou ceia) não atrapalhe a boa noite de sono, é importante que alguns alimentos sejam evitados. O importante é ter tido uma boa alimentação durante todo o dia, para não acumular calorias e “desejos” na hora de ir dormir. Alimentos leves, uma refeição pequena, cuidando bem das escolhas. Chá preto, bebidas com cafeína (café, refrigerantes à base de cola, chimarrão), guaraná (pó, natural), e outros alimentos considerados estimulantes devem ser evitados para não causar insônia.
Alimentos como o leite morno, um pedacinho de chocolate ou bebidas achocolatadas, auxiliam e melhoram o sono. Alimentos leves são de digestão fácil, e a escolha destes alimentos pode melhorar (e muito) a qualidade do seu sono.
Muitos escolhem as frutas. Claro! As frutas não são gordurosas, são de fácil digestão, contêm vitaminas e minerais, são ricas em fibras (o que auxilia na digestão e no trânsito intestinal), são saborosas sozinhas ou com algum acompanhamento (mel, granola, iogurte). Enfim, uma ótima opção.
Outros escolhem um lanchinho maior e realmente precisam disso. Aquelas pessoas que passam o dia inteiro fazendo força ou em trabalhos que gastem muita energia, há a necessidade de uma refeição maior, para evitar perda de massa muscular. Isso pode incluir: pedreiros ou pessoas que trabalham carregando materiais e objetos pesados, maratonistas, ciclistas, e demais atletas de resistência.
Para aquelas pessoas que estão de dieta, realmente oriento para que essa refeição seja menor. Uma fruta, um potinho de iogurte, granola, uma barra de cereais, suco de frutas. Isso porque é uma refeição que não deve ser pulada, para evitar que se acorde no outro dia com muita fome; mas também não deve ser pesada, pois após a refeição não haverá atividade alguma.
Os lanches, é claro, devem ser discutidos individualmente, conforme a distribuição de “vontade de comer” de cada pessoa durante o dia. Alguns têm mais fome ao acordar; outros, mais fome à tarde; e outros, mais fome à noitinha. E também vai interferir na distribuição da quantidade de alimentos em cada grande refeição. Lanches maiores a noite podem significar um almoço e lanche da tarde menores. Isso é somar, contar calorias durante o dia e distribuí-las corretamente. Para cada pessoa, um lanchinho. Só não vale assaltar a geladeira. Coloque na porta da geladeira aquele porquinho que diz: “cuidado, dieta!”, ou aquele pingüim com ar questionador, como quem te condena por estar ali novamente. Ou simplesmente crie juízo e siga a sua dieta. A sua nutricionista agradece.
Esta coluna foi publicada em 19/02/2005, no Jornal da Região (MG). Autora: Márcia Keller Alves
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