Alcoolismo – Um Grande Vilão

Para quem acha que encher a cara é pura diversão, deixo este alerta: o alcoolismo não é brincadeira e é sim uma doença muito séria. Na verdade, é um dos problemas mais graves de saúde pública, pois o álcool é uma substância licita (legal) e quem o consome rotineiramente anda na corda bamba entre o hábito e o vício.
Muitas vezes este péssimo hábito de beber começa em casa, ou vendo os pais beberem ou bebendo junto com os pais. Assim como as drogas ilícitas (ilegais), o consumidor de álcool também tem crise de abstinência: sem a bebida, ele entra em um estado de confusão mental, alucinações e até mesmo convulsões. Este problema está muito além da uma intoxicação que gera alterações motoras, na fala e até coma alcoólico. Está muito além do “se beber, não dirija”.
Fique atento caso a possíveis sinais de abuso: brigas em casa por causa da bebida, falta de vontade de trabalhar ou de realizar tarefas rotineiras (estudar, namorar), começar a ter problemas com trânsito (bater o carro, levar multa por dirigir embriagado, etc) e problemas para controlar a quantidade que bebe. Depois vêm sintomas de doença: pressão alta, alterações no fígado e no sistema digestório (cálculo biliar, pancreatite).
Entre as suas causas está um forte componente genético que predispõe ao vício. Mas isso não basta: beber pode se tornar um hábito, já que é socialmente aceito, tanto em casa, quando com os amigos. Só que quanto mais você beber, maiores são os riscos de se tornar viciado em álcool.
Mas... quanto é beber demais? Se você perceber estes sinais, procure ajuda de especialistas: 1) desenvolvimento de tolerância; 2) síndrome de abstinência (suar excessivamente, tremores, náuseas, alucinações); 3) fissura para beber a qualquer momento; 4) problemas no trabalho ou em outra área da sua vida (escola, relacionamentos, família, amigos, etc);
O consumo exagerado de álcool pode levar a alterações importantes do peso. Lembrando que cada grama de álcool tem 7 calorias, e isso significa que tem mais que os açúcares e proteínas (4 kcal/g) e um pouco menos que as gorduras (9kcal/g). o melhor mesmo é nem começar ou se começar, fazer uso moderado. Mas uso moderado DE VERDADE.

Esta coluna foi publicada em 16/01/2009, no Jornal da Região (MG). Autora: Márcia Keller Alves